Ao falar sobre uma determinada geração é necessário ter cuidado para não cair em generalizações. Muitas vezes, elas podem levar a análises equivocadas. Em qualquer época as pessoas desenvolvem habilidades que colaboram para o progresso da sociedade.
Quando falamos de um ambiente propício à inovação e ao desenvolvimento de negócios, a diversidade de faixas etárias é um ponto positivo e que deve ser estimulado.
No entanto, a geração Z merece uma atenção especial. Ela é composta por quem nasceu entre 1993 a 1998 e, segundo dados da ONU, já representa em muitos lugares 31% da força de trabalho. A tendência é que a presença desses profissionais só aumente.
Além disso, como todos somos frutos do nosso tempo, a geração Z também reflete características de um mundo volátil, em constante mudança e que traz desafios específicos para as organizações.
Por isso, trazemos neste artigo formas de preparar, capacitar, engajar e extrair o que há de melhor nas pessoas também conhecidas como zillenials.
Sensação de pertencimento
Vivemos em um mundo que se transforma como nunca e, claro, isso traz consequências para quem começa a trabalhar. Um dos desafios de quem lidera jovens profissionais é a retenção. Muitos se desconectam com mais facilidade. A rapidez da informação e as múltiplas opções acabam se refletindo na visão de carreira desta geração.
Por isso, é fundamental que os líderes consigam apoiar e contemplar os anseios desses jovens profissionais. Embora a geração Z traga com ela agilidade e habilidades tecnológicas indispensáveis, às vezes enfrentam mais dificuldade para lidar em meio a conflitos pessoais ou pressões comuns do ambiente de trabalho.
Programas de treinamento e avaliações de clima são algumas das ferramentas que o RH pode utilizar para entender mais sobre as necessidades desses profissionais. Além disso, o coach individual ou aquele bom e velho bate-papo com feedback e orientação é uma maneira prática de criar vínculo e demonstrar a importância do relacionamento no trabalho.
Valores e desejos
De acordo com pesquisa do LinkedIn, 66% da geração Z deseja que uma empresa tenha uma cultura voltada para saúde mental e bem-estar. Mas não basta apenas desenvolver programas e treinamentos neste sentido.
É importante que os líderes demonstrem essa preocupação no dia a dia. Benefícios de saúde que contemplem opções de terapia e bem-estar ajudam, assim como uma liderança que preza por resiliência, bons resultados e comprometimento, mas também com o descanso, o equilíbrio entre vida e trabalho, a ética, a diversidade e a sustentabilidade. Todos esses valores estão cada vez mais presentes nos jovens profissionais.
O desenvolvimento profissional é outro fator de atenção. Um jovem da geração Z é mais propenso a permanecer em uma empresa quando ele consegue ampliar sua formação, aprende novas habilidades, realiza diferentes tarefas e se consegue se tornar mais bem preparado em sua carreira.
Flexibilidade e conexão humana
Outra pesquisa do LinkedIn mostra que 77% dos profissionais da geração Z preferem políticas de trabalho flexíveis. A contradição é que eles também sentem falta de contato pessoal e mentoria para desenvolvimento de carreira.
Por isso, criar momentos individuais, mesmo que via teleconferência, ajudam a fortalecer as conexões no trabalho. A chamada de voz pode soar antiga, mas ela ainda tem poderes mágicos muito maiores do que as mensagens de WhatsApp para facilitar a comunicação e estreitar relações. Já o contato físico não deve ser descartado totalmente.
Estabelecer encontros periódicos é importante. Mesmo no caso da Airbnb que liberou seus funcionários para trabalhar em qualquer canto do planeta, há uma política de reunião presencial a cada trimestre. Quando falamos de onboarding, a presença física é ainda mais decisiva. Estabelecer um cronograma de apresentação com as lideranças, parceiros de equipe e receber uma orientação clara dos objetivos pessoais da função colabora para a permanência do profissional na empresa.
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