Não há dúvidas que ter um retorno sobre o próprio trabalho é essencial. Todo profissional precisa e sabe que uma hora terá o que muitos gestores chamam de devolutiva, um parecer sobre como o colaborador desempenha suas funções na empresa. De acordo com pesquisa da consultoria PwC, 60% dos profissionais gostariam de receber feedback diariamente ou semanalmente.
O feedback é um dos recursos mais valiosos de uma organização. Com ele é possível incentivar os colaboradores, desenvolver sua trajetória profissional na companhia e cuidar do ambiente organizacional.
Para muitos profissionais o reconhecimento é um fator motivacional importante e o feedback é uma maneira de demonstrar respeito com o trabalho empenhado. Seja para o reforço de boas atitudes, seja para a correção de decisões ou comportamentos que possam atrapalhar os objetivos da empresa.
Quatro os tipos de feedback mais conhecidos
Positivo
É o que todo profissional sempre sonha em receber. O gestor reforça um bom comportamento ou reconhece um trabalho bem feito porque espera que essa postura seja repetida mais vezes.
Corretivo ou Construtivo
Como é impossível acertar sempre, esse feedback é essencial para o crescimento profissional do colaborador e para o sucesso da empresa. Ele é aplicado com o intuito de coibir um comportamento inadequado, corrigir um processo ou sugerir a melhor forma para fazer um trabalho.
Insignificante
Sabe quando a pessoa fala, mas não diz? Esse é o tipo de feedback que não apresenta informações concretas, é vago e, consequentemente, não produz efeito. Os erros tendem a se repetir e os acertos não serão percebidos como um valor.
Ofensivo
Às vezes a intenção até pode ser boa, quando há uma tentativa de corrigir ou evitar decisões e atitudes inapropriadas. Mas quando isso é transmitido de maneira grosseira e inapropriada, o feedback cria conflitos e desmotiva o profissional que recebe. As formas mais adequadas dentro do contexto organizacional são o positivo e corretivo, que podem contribuir para o desenvolvimento do profissional que recebe e para o crescimento da empresa.
Para um feedback coerente e construtivo, é importante se atentar à:
Preparação
Um bom feedback envolve o momento, o local e um roteiro adequado. Não leve muito tempo. O ideal é ser objetivo e evitar momentos em que os níveis de tensão estejam alterados. Mapeie os pontos importantes e agende uma reunião. Quando possível, é melhor que o encontro seja presencial, mas se só houver a possibilidade de uma conversa remota, faça sempre em particular caso o feedback seja do tipo corretivo ou construtivo. Reserve o tempo que julgar necessário para fazer essa devolutiva, considerando um período para sanar eventuais dúvidas e sempre oferecendo espaço para que o colaborador também possa fazer suas considerações.
Transmissão de feedback positivo e corretivo
É importante apontar não apenas o que precisa ser modificado, mas também aquilo que é feito com excelência. Isso é fundamental para motivar os colaboradores. Afinal, ninguém gosta de ser chamado apenas para ouvir broncas, certo? Uma boa dica é começar ressaltando os aspectos positivos para depois elencar os pontos de melhoria.
Contextualização e assertividade
Apresente fatos e dados estatísticos, tanto para salientar as atitudes positivas quanto para as de aprimoramento. Isso permite ao funcionário visualizar os pontos trazidos. Seja direto, exemplifique e apresente as consequências. Para os feedbacks corretivos, tente entender o que motivou uma determinada atitude e sempre mantenha as expectativas alinhadas.
Disponibilidade
Esteja disponível para auxiliar o colaborador com recursos que possam corrigir os comportamentos que não devem ser repetidos e contribua para a construção de um plano de melhoria.
Empatia
Os feedbacks são ferramentas de comunicação interna e jamais devem ser utilizados como menosprezo. Permita que o colaborador se sinta confortável e pense na colocação das palavras de forma clara, objetiva e substancial.
Periodicidade
Não basta levantar os pontos a serem modificados ou repetidos, é importante fazer um acompanhamento constante. Aposte em métricas de desempenho para apurar a evolução do profissional na organização.
Você aplica ou recebe feedbacks no seu contexto organizacional? Conta pra gente.
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